Conselheira participa de Oficina Nacional da Abepss sobre formação antirracista

Entre os dias 27 e 29 de novembro, a conselheira Albany Mendonça participou da Oficina Nacional da Abepss (Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social), representando o CRESS-BA, em Recife, Pernambuco. Este ano, o evento teve como temática a "Formação Antirracista e projetos societários no contexto da flexibilização do ensino superior". 

O início do evento, na tarde do dia 27, contou com a discussão sobre conjuntura e as disputas dos projetos da Educação no Brasil, que buscou fazer uma contextualização sobre o cenário político e os desafios para assegurar a educação antirracista na formação profissional e exercício profissional. 

No mesmo dia, à noite, foi realizada a mesa com discussão sobre a necessidade de assegurar o debate das relações étnico-raciais na formação em Serviço Social nos Grupos temáticas de Pesquisa (GTP’s) da ABEPSS, com vista a suscitar que as pesquisas incorporem as abordagens das dimensões étnico-raciais. 

No dia 28 de novembro, foram realizadas as oficinas de graduação e pós-graduação, sendo priorizado o debate acerca dos desafios da curricularização da extensão no âmbito da graduação, a partir da socialização das experiências e da problematização dos dilemas postos. Também foram discutidos os desafios e as diretrizes para incorporação das discussões da formação antirracista; e os impactos da hibridização e flexibilização da formação no âmbito da pós-graduação, sendo discutidos os problemas surgidos com o processo de ensino remoto no contexto pandêmico e os desafios da permanência acadêmica dos discentes da pós-graduação.

No segundo dia, à noite, foi realizada uma mesa que abordou a Formação Antirracista no Serviço Social, que contextualizou as perspectivas para a formação antirracista com a consolidação de uma produção intelectual com teses e livros que adensarm o debate étnico-racial no Serviço Social e os documentos que norteiam a proposta, a exemplo do "Assistentes sociais no combate ao racismo" do CFESS e da construção da Plataforma Antirracista (ABEPSS). Esse debate foi central na Oficina para aprofundar, de forma articulada, as discussões sobre relações étnico-raciais e formação antirracista no Serviço Social nos âmbitos da graduação e da pós-graduação, buscando o enraizamento desse debate com foco no tripé ensino, pesquisa e extensão.

No último dia, 29, aconteceu o debate sobre o Fórum Nacional de Supervisão de Estágio em Serviço Social e os 30 anos do Código de Ética Profissional, sendo enfatizada a discussão acerca das dimensões éticas a serem priorizadas no estágio supervisionado e que sejam também asseguradas as dimensões dos princípios éticos que articulem o debate étnico-racial na formação e exercício profissional.  Dessa forma, buscou-se reafirmar que o estágio supervisionado deve estar alinhado com as diretrizes profissionais e com a garantia de uma formação antirracista. 

"A Oficina foi um momento fundamental para consolidar as lutas para garantia de uma formação antirracista alinhada às diretrizes do projeto ético-político do Serviço Social, adensado nas diretrizes curriculares, código de ética e Lei de Regulamentação da Profissão", avaliou a conselheira Albany.

Cabe destacar ainda que, durante o evento, foi realizada uma Reunião do Fórum Nacional de Defesa do Trabalho e da Formação Profissional em Serviço Social, que discutiu a retomada das ações do fórum com a materialização do plano de lutas, que preconiza as diretrizes e ações estratégicas acerca do debate sobre Supervisão de Estágio Supervisionado, Residências e Educação Antirracista. Após ampla discussão sobre esse processo de retomada das atividades, os encaminhamentos priorizaram a intensificação das ações de mobilização das unidades de ensino e da retomada dos fóruns; mapeamento das condições ético-técnicas do estágio; e debate sobre dimensão ética na formação profissional e articulação com GTPS. 

Além da conselheira, participaram outras/os assistentes sociais da Bahia.

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